O POMBO MORTO
Acordei de bom humor, tomei um banho revigorante e me lancei à rua.
Na calçada da esquina da minha casa me deparei com a morte.
O corpo de um pombo jazia imóvel no chão de pedra portuguesa.
Sempre pedra portuguesa.
Não é fácil se deparar com a morte de manhã.
É uma quebra de expectativa.
O sol nascendo.
Acidade ganhando vida como um recém-nascido dando seus primeiros suspiros.
As pessoas cheirosas, de banho tomado, roupas passadas.
E lá no chão o corpo sujo de um pombo de penas amassadas.
O rosto do animal era surpreendentemente humano.
Boca e olhos entreabertos tristes.
Talvez no instante antes do último suspiro tivesse realizado que nunca mais voaria.
Um momento mórbido logo de manhã que fez lembrar
que tudo é finito e que é sempre hora de voar.
24/05/2020 (Poema n°07)
Diogo Braga Crônicas
Link para o vídeo no YouTube:https://www.youtube.com/watch?v=BsTQYKGEmrY&feature=youtu.be
Crônicas em podcast, Spotify (Braga Crônicas), Instagram (@DiogoBragaCronicas) e Youtube (Braga Crônicas). Medium (@bragacronicas).
Site/Blog: diogobragacronicas.com.
Email: bragacronicas@gmail.com.
NewsLetter: https://tinyletter.com/DiogoBragaCronicas.
-> E se você se identificou ou gosta das histórias que eu conto, comenta, salva, compartilha, se inscreve, ativa as notificações, mostra pro coleguinha, faz tudo e me ajuda a espalhar a palavra! E se você quer compartilhar uma história sua comigo, me manda um e-mail para bragacronicas@gmail.com ou me envia um áudio pelo direct do instagram que é @diogobragacronicas.
No mais, meus votos de uma vida com gosto de açúcar nos lábios e até a próxima!