
Gita é o terceiro álbum solo de Raul Seixas, gravado na Philips e lançado em 1974. É o álbum de maior sucesso da carreira de Raul, com 600 mil cópias vendidas, rendendo ao cantor seu primeiro disco de ouro.
Recém-chegado do exílio, Raul posa para a capa do disco vestido de guerrilheiro com uma guitarra vermelha, numa provocação à ditadura militar brasileira, que o forçou a viver nos Estados Unidos na época.
Acompanhado de Paulo Coelho, Raul compôs no álbum alguns de seus grandes sucessos, como "Gîtâ" (inspirada num livro sagrado hindu com mais de 6.000 anos, o Bhagavad Gita), "Sociedade Alternativa" (inspirada na obra de Aleister Crowley) e "Medo da Chuva", além de canções que contam apenas com sua autoria, como "O Trem das 7" e "S.O.S.".
Outras faixas que falam sobre (ou ao menos mencionam) Aleister incluem a faixa-título, "Trem das Sete" e "Loteria da Bablônia" - esta última teve seu título inspirado por um conto de Jorge Luis Borges. "S.O.S." foi percebida por André Barcisnki como uma cópia de "Mr. Spaceman", dos The Byrds.
Este álbum, assim como seu antecessor Krig-ha, Bandolo!, teve algumas de suas canções gravadas em inglês, com traduções de Marcelo Ramos Motta. Raul e Paulo objetivavam fazer sucesso nos Estados Unidos, mas a ideia de lançar as versões não se concretizou.
Em meio à concepção de Gita, Raul Seixas e Paulo Coelho foram convidados pela Som Livre para compor a trilha sonora da novela da Rede Globo, "O Rebu", também lançada em álbum homônimo.