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“Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque, senão, o vinho novo arrebenta os odres velhos e se derrama; e os odres se perdem” (Lucas 5: 37).

Passamos o semestre passado ouvindo essa passagem da Bíblia tantas vezes.

Ei, odre, como você está? Renovado?

Uma vez mais, estamos sendo chamados a refletir sobre este assunto, pois se o vinho novo for derramado em um odre velho, não apenas o vinho novo se perderá, mas o odre também se romperá!

Aqui, a ênfase está no odre.

O Senhor pode trazer vinho novo, unção fresca e coisas novas todos os dias, mas se o odre não estiver disponível para passar pelo processo, é aí que ocorrerá a maior perda.

Por vezes temos experimentado um derramar de Deus em nossos cultos! Isso tem sido poderoso e uma realidade forte entre nós, e precisamos ser gratos por tudo isso.

Todavia, ao sair da igreja, retomamos a nossa antiga maneira de pensar e agir e, assim, começamos mais uma semana como os mesmos odres velhos. Assim, durante os dias, vemos o frescor da unção derramada e a possibilidade de vivermos o vinho novo se esvaírem.

Precisamos identificar os obstáculos e nos posicionarmos para vivermos o que o Senhor tem para derramar sobre nós!

Um dos obstáculos, com certeza, tem sido o tempo, juntamente com as inúmeras dificuldades do cotidiano.

O tempo! Poderíamos usá-lo para nos conduzir à maturidade, para nos levar a experiências maiores, a coisas que ainda não vivemos, mas escolhemos permanecer estagnados, presos em nossos velhos pensamentos e formas de agir. Somos facilmente entusiasmados por algo, mas quando enfrentamos dificuldades persistentes, o velho eu, o odre antigo, ressurge, vindo a tona!

No entanto, o desejo de Deus é que sejamos transformados em odres novos, para que o vinho novo possa ser derramado continuamente sobre nós.

Vamos pensar na cena de um jantar: normalmente, o anfitrião fica servindo o vinho para o convidado o tempo todo, enquanto o encontro durar. Entretanto, à medida que o jantar chega ao fim, o serviço de vinho vai sendo interrompido, sinalizando ao convidado que o evento está se encerrando e é hora de partir.

Entretanto, o Senhor jamais nos despedirá de Sua presença. Sempre haverá mais vinho novo para ser derramado, desde que como odres tenhamos a capacidade de suportar a glória de Deus que o acompanha.

O Senhor quer fazer transbordar o Seu vinho sobre nós!

“[...]Unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda”. (Salmo 23:5b)

Transbordar não significa encher pela metade; não se limita a encher apenas até a borda; mas vai além. Neste contexto, Deus está dizendo: permaneça em minha casa, não saia de minha proteção; você não apenas é bem-vindo, mas é sempre bem-vindo; nosso banquete não precisa ter fim! Transbordar é ultrapassar os limites, ir além do que você poderia ser sem ELE, do que poderia realizar sem Ele e do que você poderia carregar sem Ele.

Contudo, devemos ter em mente que existem coisas que Deus não fará por nós, as quais são de nossa inteira responsabilidade.

No entanto, há momentos em que alcançamos nossos limites, e é nesses momentos que o Eterno intervém, conectando-nos ao sobrenatural e nos levando a transbordar além de nossa capacidade humana. Esse processo extraordinário só é possível por meio de Deus!

Como entrar nesse processo de transbordar?...

Cynthia Padalka Callera
Igreja Betlehem