Em nosso programa dessa semana, debatemos sobre a guerra na Etiópia, que eclodiu em 2020 e durou 2 anos, mas que pouca gente sabe que aconteceu. A Etiópia é um dos países mais antigos do mundo em relação à ocupação humana, além de ser o segundo Estado mais populoso do continente africano, com cerca de 110 milhões de habitantes. Sua população é ainda formada por dezenas de diferentes grupos étnicos, como os povos oromo e os tigrino - sendo estes dois centrais para compreender a forte polarização e divisão étnica presentes no conflito atual. Em razão disso, há também muitas línguas e culturas distintas nessa região.
O país é historicamente reconhecido pela sua forte autonomia, sendo considerado independente desde a Antiguidade e apesar de muitas diferenças étnicas e culturais, a Etiópia se manteve enquanto um Estado muito forte e relativamente coeso no seu âmbito interno.
Recentemente, em 2020 e 2022, se desenrolou um conflito dentro do país, entre o governo central da Etiópia e a região do Tigré. Motivada por embates políticos, a guerra terminou com um saldo de aproximadamente 600 mil mortes, sendo estimado que, entre 200 e 300 mil pessoas morreram na linha de frente, e entre 300 e 400 mil civis perderam suas vidas nas povoações. Isso significa que, em média, 1000 pessoas morreram por dia durante o conflito.
Para contextualizar esse debate, em nossos quadros temáticos realizamos algumas indicações:
Para o Sons Austrais indicamos as músicas “Ethiopia” e “Na’et”, do cantor etíope Teddy Afro.
No Momento Griô, as indicações são o documentário “Finding Sally”, dirigido por Tamara Dewit e “Terror in Tigray: The Ethiopian Refugee Crisis”, dirigido por Heather Murdock.
Os nossos programas são transmitidos pela UniFM 107.9 nas terças-feiras às 13h.