Jesus, ao fazer essa declaração, já havia saído da Galileia, onde passou a maior parte de seu ministério, e estava indo em direção à Judeia, onde seu ministério seria concluído com a crucificação.
Nessa fase, as ministrações de Jesus se intensificaram e se aprofundaram em conteúdo, demonstrando uma maior profundidade nos temas abordados, sendo o PERDÃO um assunto de absoluta relevância, pois remete à obra redentora de Cristo ao perdoar os pecados da humanidade.
Assim, diante do questionamento de Pedro a respeito do tema (v. 21-22), Jesus apresenta a expressão do reino (v. 23-27), que é justiça, paz e alegria (Rm 14:17). No entanto, quando nos desviamos desse padrão, mesmo depois de sermos perdoados pelo Pai, podemos adotar uma postura vingativa, continuando a cobrar nossos direitos (v. 28-30), que são insignificantes se comparados à dívida que foi perdoada pelo Senhor.
Como consequência, forma-se um sistema de justiça onde começa uma demanda litigiosa interna pela extração da verdade (v. 31-35), representada pelos carrascos/verdugos, criando um sistema mental e espiritual de busca pela razão e punição. Um sistema mental de regras litigiosas onde cobramos os nossos direitos. (“Se ele fizer isso, ele vai ver, eu vou fazer aquilo”).
MAS, foi para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5:1). A única forma de sermos libertos desse sistema flagelante é o PERDÃO, que expressa a imagem e semelhança do Deus perdoador. Ele nos perdoou para que possamos perdoar e viver em liberdade!