Além da Linguagem também é lugar para reflexões, afinal, a linguagem não tem limites! Espero que gostem.
Durante uma aula sobre crenças limitantes, relembrei um poema chamado O Buraco e acredito que ele tenha uma carga tão metafórica, um simbolismo simples e eficiente sobre o poder da nossa mente sobre as decisões que tomamos.
Saiba que nossa mente tem um enorme potencial, uma capacidade gigante de criar problemas e de encontrar soluções também!
Use essa habilidade para criar bons padrões de pensamentos, focar na solução dos problemas e não na proliferação deles.
Perceba que, ao aquietarmos nossos pensamentos, acalmarmos nosso corpo, permitimos que nossa mente observe melhor o que se passa, esteja presente, aqui e agora, e permita que sua visão interna, agora mais tranquila e solta, comece a pensar nos melhores caminhos para o que queremos.
Permita-se!
O Buraco
1. Ando pela rua. Há um buraco fundo na calçada. Eu caio… Estou perdido… Sem esperança. Não é culpa minha. Leva uma eternidade para encontrar a saída.
2. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Mas finjo não vê-lo. Caio nele de novo. Não posso acreditar que estou no mesmo lugar. Mas não é culpa minha. Ainda assim leva um tempão para sair.
3. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Vejo que ele ali está. Ainda assim caio… É um hábito. Meus olhos se abrem. Sei onde estou. É minha culpa. Saio imediatamente.
4. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Dou a volta.
5. Ando por outra rua.
Texto extraído de O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, de Sogyal Rinpoche (Ed. Talento/Palas Athena)
Ficha técnica:
Duração: Aprox. 5 minutos
Ano de gravação: Julho, 2020
Produção e apresentação de André Cavallini, jornalista, professor, neuropsicopedagogo e hipnoterapeuta.
Episódio disponível no Spotify aqui.
https://open.spotify.com/episode/7DWe5VwiD8Ocs5nddi0WK5?si=QNTLszrBRz2Ghrhx1xJdjw
Até o próximo episódio!