Mercado Mundial – A semana começou com os investidores retirando 393 bilhões de dólares do índice de ações de referência da China,venderam o iuan e abandonaram commodities devido aos temores sobre a disseminação do coronavírus e seu impacto econômico, impulsionando as vendas no primeiro dia de comércio na China desde feriado do Ano Novo Lunar.
As bolsas de valores da China se estabilizaram depois que o banco central chinês disse que injetaria outros 500 bilhões de iuanes em acordos compromissados
de uma e duas semanas para “garantir liquidez adequada”, em meio aos temores sobre o impacto econômico do novo coronavírus.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzen, recuou 7,88% (maior queda diária em mais de quatro anos) enquanto o índice de Xangai teve queda de 7,72%.
Após essa queda histórica, as ações da China voltaram a subir o índice CSI300, Xangai e Shenzen, avançou 1,1%, enquanto o índice de Xangai teve alta 1,3%.
Depois de deixar oficialmente a União Europeia na sexta-feira, o Reino Unido passa a negociar suas relações comerciais futuras com o bloco.
O dólar atingiu seu nível mais alto em quatro meses com a percepção de que a economia dos EUA está mais protegida do coronavírus do que a maioria dos outros países do mundo.
Mercado Brasileiro – Os economistas do mercado financeiro reduziram a projeção para a inflação suavizada para os próximos 12 meses de 3,53% na semana passada para 3,44%, segundo o Relatório de Mercado Focus divulgado hoje pelo Banco Central. Há um mês, estava em 3,69%.
O presidente Jair Bolsonaro que o governo tem tido problemas com a alta dos preços dos combustíveis e voltou a responsabilizar os Estados. Bolsonaro lançou um desafio para que governadores aceitem mudar a cobrança do ICMS para que ele reduza impostos federais. “Eu zero o (imposto) federal, se zerar ICMS. Nos últimos dias, um grupo de 23 governadores cobrou o presidente pela redução de tributos federais sobre combustíveis, como PIS, Cofins e Cide.
O sinal do Copom de interrupção no ciclo atual de corte de juros, após reduzir a Selic em 0,25, para o piso histórico de 4,25% ao ano, deve ser bem recebido no mercado de câmbio, por evitar um estreitamento maior do diferencial de juro interno e externo, que tem desestimulado o investidor estrangeiro a fazer carry trade com o real..
O apetite por ativos de risco no exterior persiste hoje e deve influenciar os ajustes no câmbio. Lá fora, o índice DXY do dólar está praticamente estável, enquanto a moeda americana mostra alta moderada frente divisas emergentes ligadas a commodities.
O dólar operou em alta durante toda a semana chegando renovar sua máxima histórica acima de 4,30 reais.
O Banco Central ofertará nesta sexta-feira 07 de fevereiro até 13 mil contratos de swap cambial para rolagem do vencimento abril de 2020.
A recente regulação pelo Banco Central de um sistema de combate à lavagem de dinheiro que obriga as instituições financeiras no país a identificarem os beneficiários finais das transações de seus clientes coloca o Brasil em um patamar semelhante ao de países desenvolvidos, ao mesmo tempo que eleva os custos da indústria financeira em diferentes proporções.
A norma entra em vigor em 1º de julho deste ano e deve ajudar o país a atrair mais investimentos ao dar uma maior segurança aos investidores.
Na visão de especialistas, a Circular nº 3.978 do BC publicada no mês passado contribui para diminuir a incerteza jurídica, em um momento no qual o Brasil pleiteia ingresso na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
https://www.frentecorretora.com.br/blog/2020/02/07/ep-005-resumo-da-semana-de-olho-no-mercado/