Mercado Mundial – Os futuros de ações dos EUA e várias ações asiáticas caíram no comércio instável na quarta-feira, com as preocupações com a pandemia de coronavírus eclipsando as esperanças de que o amplo apoio político combatesse as consequências econômicas do surto.
O Senado dos EUA aprovou, sem alterações, o pacote de estímulos e medidas de emergências de US$ 500 bilhões da Câmara dos Representantes para apoiar a economia dos EUA.
O presidente dos Estados Unidos,Donald Trump anunciou, maior celeridade da agência federal para Drogas e Alimentos (FDA) na aprovação de medicamentos para tratar pacientes da Covid-19, a doença causada pelo novo corona vírus. Um dos remédios mencionados por Trump é o hidroxicloroquina, usada na prevenção e tratamento de alguns tipos de malária. Um estudo de cientistas chineses publicado no início do mês apontou que a droga mostrou ser eficaz em inibir o vírus em laboratório
Falando a jornalistas na Casa Branca, Trump acrescentou: “Ajudaremos a indústria aérea. Ajudaremos a indústria de navios de cruzeiro. Provavelmente vamos ajudar a indústria hoteleira.”
Mercado Brasileiro – O Ministério da Economia anunciou um pacote de 147,3 bilhões de reais voltados ao combate dos efeitos do coronavírus com medidas que incluem a antecipação de pagamentos obrigatórios, remanejamento de gastos e prorrogação de recolhimento de tributos.
Muitas delas, contudo, dependem do aval do Congresso e ainda precisam ser formatadas pela equipe econômica em projetos de lei ou medidas provisórias, num momento em que os parlamentares ainda discutem o prosseguimento normal dos trabalhos em meio ao surto do coronavírus.
Segundo o ministro Paulo Guedes, as medidas não implicarão descumprimento da regra do teto de gastos, mas ele admitiu que a meta de déficit fiscal de 2020 poderá ter que ser ampliada para enfrentar o choque do coronavírus, que ele classificou como “transitório”.
“O Brasil tem condições de atravessar isso, é transitório, são três, quatro meses. O choque bate e depois desce novamente”, afirmou Guedes em entrevista coletiva à imprensa após passar o dia em reuniões com sua equipe e com o presidente Jair Bolsonaro, que esteve no ministério durante a tarde.
“Nós temos que prosseguir, primeiro com muita serenidade, não podemos nos entregar à psicologia de pânico, à psicologia de derrotismo”, completou.
O BC voltou a anunciar leilões de linha com compromisso de recompra de até 2 bilhões de dólares na quinta-feira, que será realizado entre 9h15 e 9h20.
Ainda na quinta, o dólar registrou a maior queda diária no Brasil em 17 meses, descendo à casa de 5,10 reais, com o Banco Central ativo em intervenções no mercado de câmbio, em um dia de trégua nas praças globais à medida que investidores analisaram ações de governos e BCs para garantir liquidez ao sistema financeiro.
O real figurou entre as moedas de melhor desempenho nesta sessão. Pela manhã, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) anunciou o estabelecimento de linhas de swap no valor de 60 bilhões de dólares com o BC brasileiro.