Na última semana, circularam na internet chinesa vídeos de idosos sendo discriminados por não dominar tecnologias digitais.
A China, que se orgulha de ser a primeira sociedade do mundo a adotar pagamentos digitais, praticamente extinguiu o uso do papel moeda e também acorda para a inclusão digital.
Em dezembro, o Ministério dos Transportes se reuniu com oito dos maiores operadores de carona do país, incluindo a Didi Chuxing (controladora da 99) e a Gaode, para discutir formas de tornar as viagens mais amigáveis para os idosos.
A Gaode, financiada pelo Alibaba, lançou novos serviços para esse público, tendo funções como um clique de carona que não exige a digitação do destino, além do serviço ter letras maiores para facilitar a leitura.
Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação iniciou um programa para tornar 115 sites de serviços públicos e 43 aplicativos em transporte, redes sociais, e-commerce, saúde e outras áreas de idosos mais fáceis de navegar.
Em conjunto com o governo, as gigantes de tecnologia estão criando serviços online mais acessíveis para atender a um público que experimentou e gostou de fazer compras online durante o pico da pandemia no ano passado.
Da mesma forma, nas redes de farmácia da JD, os clientes podem esperar pelos medicamentos comprados em um sofá dentro da loja e pagar online com a ajuda de assistentes.
Estamos falando de um mercado que tende a crescer ao longo dos anos no mundo todo, impulsionado pelo envelhecimento mundial e queda da taxa de natalidade.
Um público que há muito tempo deixou o estereótipo de velhinhos simpáticos dos comerciais e filmes mais antigos que ficavam em casa jogando cartas, vendo TV ou ensinando alguma coisa aos netos.