Um grupo de astrônomos anunciou no dia 14/09 que as nuvens que envolvem o planeta Vênus abrigam uma molécula rara chamada fosfina.
Também conhecida como hidreto de fósforo (PH3), na Terra, esta substância só é liberada – de forma industrial ou pela ação de micróbios que vivem em ambientes sem oxigênio. Em outras palavras, a descoberta pode apontar para detecção de vida “aérea'' extraterrestre, destaca o ESO - Observatório Europeu do Sul.
O estudo, publicado na revista Nature Astronomy, foi feito em parceria com pesquisadores do Reino Unido, Estados Unidos e Japão.
O primeiro indício da fosfina foi captado em imagens feitas pelo Telescópio James Clerk Maxwell, operado pelo Observatório do Leste Asiático no Havaí. Daí, veio o passo dois. Confirmar a existência das moléculas que são indicativas de vida. Então, foram usadas 45 antenas do Alma, instalação astronômica no Chile, com um telescópio bem mais sensível, e do qual o ESO é parceiro.
E os pesquisadores concluíram que esta partícula existe sim em pequenas concentrações na atmosfera de Vênus, cerca de 20 moléculas em cada bilhão. Com base em cálculos, descartaram que a quantidade observada seria decorrente de processos não biológicos naturais no planeta – como a luz solar, vulcões e relâmpagos, por exemplo.
Eliminada esta possível fonte, os cientistas consideram, então, a possibilidade de um tipo de vida aérea extraterrestre.