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Description

Contexto

Projetada para o continente Antártico, a estação científica se localiza na península de Keller, a mais de 3000 km de distância do Brasil.

Em 2012, um incêndio destruiu a então estação de pesquisa brasileira no continente.

Em seguida, um concurso foi realizado para a escolha da nova estação brasileira, tendo sido ganho em 2013 pelo escritório curitibano Estúdio 41.

Além do frio intenso, a estação também teria que contemplar ventos de até 200 km/h, muitas restrições ambientais e uma condição de relevo que se eleva em relação ao mar.

Solução

A opção dos arquitetos foi por criar duas barras, dispostas paralelas entre si e em relação ao corpo de água, seguindo o sentido das curvas de nível.

Assim, a estação se adequaria mais facilmente ao terreno. Como as barras se encontram em níveis diferentes, ambas possuem visuais desimpedidas para o mar.

O formato das barras é aerodinâmico, permitindo o curso dos ventos, além de estarem elevadas em relação ao solo, para não serem submersas pelo acúmulo de neve durante o inverno.

Especificidades

A estação foi pensada modularmente, tendo-se como base o tamanho de containers, uma vez que ela acabou sendo fabricada fora da Antártica (na China, para ser preciso) e foi montada em solo Antártico.

A barra mais próxima da água comporta os laboratórios, espaços de operação, manutenção e a garagem. Já a barra mais recuada comporta os camarotes, espaço de serviço e para estar e jantar.

Conectando ambas, há um bloco transversal de função social, reuniões, auditório, estar e biblioteca.

As aberturas são estreitas e pequenas em função do frio. Os blocos são compartimentados para evitar a propagação de incêndio. A estação está quase finalizada, com previsão de inauguração em 2020.