A orientação do edifício (e de suas fachadas, respectivamente) em relação ao norte e ao sul podem ser fundamentais na hora de definir o partido arquitetônico adotado.
Como projetar considerando a orientação?
No hemisfério sul, a fachada norte é a que receberá mais sol durante o ano (no hemisfério norte essa lógica se inverte).
Logo, se você pretende evitar o sol, opta-se por evitar ou proteger essa orientação. Se a ideia é aproveitar esse sol (como acontece em uma cidade mais fria, por exemplo), pode-se expor esta orientação ao norte.
Além disso, a orientação também ajuda a definir os tipos de aberturas e suas respectivas proteções solares. Fachadas ao leste ou ao oeste, por exemplo, podem necessitar de brises verticais para proteção.
Exemplos
Em uma cidade fria no hemisfério sul, pode-se criar uma fachada mais extensa voltada para o norte, aproveitando a insolação. Desta forma, durante o inverno, os espaços ali localizados vão receber radiação direta.
Em cidades quentes, pode-se valorizar a fachada sul, evitando exposição excessiva ao norte, leste e, principalmente, o oeste.
O palácio capanema, no Rio, possui as fachadas mais extensas expostas para noroeste e sudeste. A noroeste conta com proteção de brises horizontais enquanto que a sudeste está totalmente desimpedida, visto que a cidade é bastante quente.