No Brasil, ocorre um estupro a cada 8 minutos, sendo que 53% do número total de vítimas tem menos de 13 anos. Além disso, 76% das vítimas possuem algum vínculo com o abusador.*
A violência sexual é algo onipresente na história da humanidade, e está na mitologia, nas artes, na Bíblia, nos países mais ricos e mais pobres, nos períodos de guerra e de paz. Ainda assim, é um tabu de que não se fala, em especial se você for uma vítima: espera-se que as mulheres guardem bem esse trauma, para sempre, e que carreguem consigo o medo do estupro por toda a vida. Quando escolhem expor o fato, são rechaçadas, humilhadas e duramente julgadas, às vezes mais que os acusados do crime, como aconteceu no início dos anos 80 com a morte de Angela Diniz pelas mãos do namorado Doca Street (um caso de feminicídio, mas ainda dentro do espectro da violência contra a mulher), e novamente em 2020, com o julgamento de André de Camargo Aranha, acusado de estuprar a jovem Mariana Ferrer e inocentado em juízo, num caso que foi um verdadeiro exemplo do que é violência institucional, e especialmente, do que é a cultura do estupro. Acreditamos muito que é preciso aprofundar este debate, derrubar alguns mitos e olhar para o problema de frente. Vamos conversar?
*dados do Anuário de Segurança Pública de 2020 e 2019
PARA AJUDAR:
Mapa do acolhimento: https://instagram.com/mapadoacolhimento?igshid=nbt373u6gtf4
ONG Themis - gênero, justiça e direitos humanos:
https://instagram.com/themis.org.br?igshid=16nhn3qmphiqv
Indicações do episódio
Séries: I may destroy you e Grand Army
Livros: Teoria King Kong e Três Mulheres
Podcast: Praia dos Ossos