Sob a cúpula de um céu enegrecido,
A Ilha de Aya, em seu manto de esquecimento, escondido.
Das curvas das árvores, frias, despidas,
A melodia se espalhava, lírica, a cada escolha proferida.
Na praia, o silêncio esperando.
"Uma casa, esquecida, ao destino entregue,
Dos galhos retorcidos, frios, despidos,
O lamento das ondas, em despedidas, sumidas."
E na distância, a cidade abandonada,
Um teatro em ruínas, sem voz ou cor,
Onde a arte jaz, sem eco, sem vida,
Num palco vazio, onde o amor se perdeu.
No salão da desesperança, à mercê da lua fria,
Num cais sem abrigo, repousa a história vazia.
Pelos vazios da floresta e vielas, o vento geme e chora,
Por Aya, ilha de sombras, onde a luz definha e evapora.
Neste cântico, Aya se revela,
Entre paradoxos e promessas, sua essência singela.
Na suave sinfonia de seus versos, a natureza sussurra e se dobra,
Em murmúrios e mistérios, ela apela e acolhe.