Sob as nuvens densas e sussurros perdidos,
A noite envolve a
dança, silente e fria;
Dançamos uma valsa
encharcada de dúvidas,
Luz e sombra se
fundem, a melodia.
Nas margens do rio,
nossos passos ecoam,
Somos rios desnudos
em percursos entranhados;
Entre árvores
antigas, nossos corpos se acham,
Mas as lágrimas nem
nasceram, já estamos separados.
As horas são
chumbos em dias de chuva,
Nosso amor, uma
chama que o tempo esfuma;
A esperança se
esvai, leve, como pluma.
Nossa dança termina
sob o lamento da floresta,
Onde o silêncio das
árvores guarda nossa história;
Só a noite sabe o
peso da nossa memória
Joshua Del Santos