A menina, com sua voz singela, pedia,
"Dá-me um sol, um dia", em
doce melodia.
Havia encanto em seu olhar, uma
poesia,
Que inspirava a criação de uma
canção límpida.
E assim, na partitura da aurora que se
revela,
Brota a canção branca, como pétalas
de estrelas.
Um rastro de luz, trazendo promessas
belas,
Canta ao coração da menina, em doce
sequela.
Aquele sorriso, como mil sóis a
brilhar,
Irradia a pureza, a alegria a
encantar.
No firmamento da alma, debruça-se a
sonhar.
Então, em versos e acordes, o poeta
se abraça,
Construindo um soneto, onde a menina
embaraça
A luz, a música, num sorriso que não
se desfaça.