Em 1945 se iniciaram os julgamentos de Nuremberg, que mostravam pela primeira vez ao mundo os horrores perpetrados pelo regime nazista alemão.
Diante do horror, muitos pensadores passam a se dedicar na busca sobre a origem do mal. Afinal, o que era o mal? O mal era inerente aos seres humanos? Qualquer um podia fazer o mal? Quais eram as condições para tamanha barbárie?
Hanna Arendt, uma pensadora judia de origem alemã passa a se debruçar sobre essas questões. Após a sua fuga do regime, dedicou parte do seu trabalho a compreender as origens do totalitarismo e do terror perpetuado pelos nazistas durante as décadas de 1930 e 1940. Entre as suas obras sobre o tema destaco “As origens do Totalitarismo” (de 1951) e “Eichmann em Jerusalém - Um relato sobre a banalidade do mal” (de 1961). Nas Origens do Totalitarismo Arendt busca primeiramente entender quais foram as condições na Alemanha que permitiram o estabelecimento de um regime singular como o nazismo; e em Eichman em Jerusalem Arendt se dedica ao Julgamento do Adolf Eichman, um “burocrata do III Reich”. Um sujeito, que dentro de uma lógica burocrática justificou suas ações, sempre responsabilizando seus atos a uma cadeia de comandos.
Tendo essas obras em vista, vamos dedicar esse episódio a duas obras, baseadas em experimentos sociais: A Onda (filme baseado em um experimento real, ocorrido na Califórnia em 1967 pelo professor Ron Jones, que teve diversas versões: 1981, 2009 e a série de 2019 “nos somos a onda”) e o filme “A Experiência, de 2001”. O filme baseado nos experimentos de Stanford, encabeçado pelo professor Phillip Zimbardo, que recebeu diversas adaptações como “Detenção” de 2010 e “O Experimento de Aprisionamento de Stanford” de 2015.