"O século" é o poema que Castro Alves (1847-1871) declamou aos 18 anos, para a multidão do salão nobre, quando da abertura dos estudos jurídicos, em agosto de 1865, em Pernambuco. Um discurso em versos escritos para serem recitados, com caráter subversivo e revolucionário. Foi assim que ele afirmou que cabe aos moços, à mocidade, mudar o mundo, pois denunciou nos versos a triste situação da liberdade negada em diversos países: Polônia, Grécia, França, Hungria, México. Por isso escolhemos essa poesia para abrir um mês de episódios especiais para celebrar o Bicentenário da Independência do Brasil. A memória é a construção coletiva do passado. E ao apregoar a liberdade, “O século"é o poema abolicionista que tem o embrião de "Vozes D’Àfrica" (1868) e "O Navio Negreiro”(1869). Também defende a educação para toda criança, a aposentadoria para os idosos e contesta a religião: “quebre-se o cetro o Papa". Essa poesia o deixou famoso em todo o Recife e escandalizou os conservadores, diante daquele jovem republicado e liberal fortemente impressionado pelas ideias socialistas que chegavam da Europa. Na produção abolicionista enaltece-se que o escravo, para ele, era devotado aos seus, nobre, altivo, valente e reto. Contemplar a sua obra é conhecer os poemas de um rapazinho bonito, insinuante, amado pelas moças, que dizia seus versos em voz alta, vibrante e emocionada. Boa leitura!
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