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“Clara dos Anjos” (1920) é o conto homônimo ao romance clássico de Lima Barreto (1881-1922). O conto que deu o embrião a esse emblemático romance que denuncia não só a condição de inferioridade pela cor de pele, como pela condição de ser mulher, no início no século passado. No conto, o plot de Clara é o mesmo. Mulata apaixonada e ingênua, moradora do subúrbio do Rio de Janeiro, que é seduzida por um malandro, o tipo “vagabundo doméstico”, mas trovador. A partir da sua “modinha”, Julio Costa (no conto) e Cassi Jones (no romance), vai seduzindo a moça, até roubar o que lhe era mais precioso, a partir do namoro na janela. Clara tem a pele pigmentada, mas é o sinônimo em si mesmo de brancura, criada meticulosamente pelos pais, mais bem educada e escolarizada que o rapaz torpe. Além de tudo, é “dos Anjos”, duplamente, no sentido etimológico, um ser (que vai buscar ser) branco. Mas a ela é reservado o pior destino. Lima Barreto transpõe para a personagem o sofrimento de cor que ele mesmo sentia. O autor morreu em 1º de novembro de 1922, dias após ter apresentado o primeiro capítulo de Clara dos Anjos - cuja escritura iniciou em 1904, na época ainda denominado “O Carteiro”, centrado no personagem do pai da mulata Clara. O romance inteiro sairia apenas em 1948. Boa leitura!

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