Florbela Espanca (1894-1930) nasceu em Vila Viçosa, Alentejo, região centro-sul de Portugal, como Flor Bela Lobo, fruto de um relacionamento entre patrão e empregada. Sua mãe Antónia Conceição Lobo a registrou com pai incógnito. Após a morte da mãe, Florbela e o irmão Apeles foram adotados pelo pai biológico João Maria Espanca, que mesmo relutante com as consequências da sociedade burguesa, teve uma filha que ficou conhecida no universo literário e entrou para a história como a primeira feminista de Portugal e exímia sonetista. Teve dois livros publicados em vida: Livro de Mágoas (1919) e Livro de Sóror Saudade (1926).
Charneca em Flor é a obra-prima que estava às vésperas da publicação, quando Florbela supostamente pôs fim à sua vida. Trata-se de um conjunto de sonetos, finalizados com dez poemas principiados com o verso “É um não querer mais que bem querer (Camões)" que tratam de temas como solidão, feminilidade, erotismo, desencanto, sofrimento e a busca incessante pela felicidade. Seu interlocutor principal é o universo masculino e seus poemas têm uma musicalidade que provoca, são dotados de carga romântica e juvenil. Escreveu ao longo da vida de 36 anos: poesias, contos, um diário e epístolas. Também traduziu romances para a Língua Portuguesa e colaborou com jornais e revistas.
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