“O dominó preto” [1927 (1982)] é um conto de Florbela Espanca (1894-1930) que se encontra no livro homônimo, preparado pela autora com seis contos, mas publicado postumamente mais de 50 anos depois. Narra a quase década de um amor incondicional do pobre Joaquim pela bela Maria, separados um tanto por sua condição social, outro por sua índole - ou pela necessidade de uma personagem libertada do patriarcalismo, já que Florbela foi a primeira feminista de Portugal e, nesse livro, descreveu mulheres à frente do seu tempo. O fato é que, em “O dominó preto”, Joaquim, por sua bela amada, passa fome e frio, faz um esforço para se alfabetizar, para guardar dinheiro e até entra em sociedade na casa de vendas na qual trabalhava, de onde espiava a rapariga, todas as vezes que ela ia lá comprar. Maria, por sua vez, costurava para o teatro e, na visão do povo, “passava a vida a desgraçar os homens”. A sociedade tenta alertar Joaquim quanto a má sorte deste amor, mas ele segue firme na ilusão e vive o escárnio e o engano, de um encontro prometido no banco da avenida, embaixo da acácia. Como é terça-feira de Carnaval, ela pede a ele para ir vestindo um dominó preto como fantasia, com um lenço azul no ombro. Boa leitura!
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