“A morta” (1887) é um conto clássico de terror do escritor francês Guy de Maupassant (1850-1893). Na história, equilibra-se a presença de mortos-vivos com um devaneio fantástico, do jovem apaixonado e viúvo, que é o narrador-personagem. O conto breve, que encurta o medo, entrega ao leitor a maestria de interpretar do que se trata? A história desenrola-se a partir de uma noite chuvosa que vitimou aquela que ele “Amou, foi amada e morreu”, e problematiza-se numa visita ao cemitério, quando o jovem decide “passar a noite junto dela”. No texto, emerge temas caros ao Realismo psicológico francês, como a dor da passagem do tempo, a desilusão, a hipocrisia; e é marcado pela repetição de alguns vocábulos: morta, enterrada, túmulos, que noite! O que reitera o toque de devaneio do narrador, contudo, a narrativa apropria-se de um acontecimento insólito que culmina mais uma vez na corrente Realista, que apregoava o fim das idealizações, trazendo à tona retratos de adultério, miséria e fracasso social e hipocrisias da burguesia. Maupassant fez mais de 300 histórias curtas, além de ter produzido seis romances, peças de teatro, poesias e crônicas. Ele era o discípulo dileto de Gustave Flaubert (primo de sua mãe) estimulando-o para o amor à arte e os princípios estéticos do Realismo. Boa leitura!
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