“A cartomante” é um conto de Lima Barreto (1881-1922), no qual o escritor brasileiro explora o inesperado. Apresenta as agruras de um homem que narra a sua história e quando toda a sequência de tentativas de sua vida fracassam, ele chega à conclusão de que algo misterioso influenciava-o ao enfado. O homem enaltece que a salvadora do lar é sua esposa, tão esforçada que ficara velha antes do tempo, pois todos os dias saía cedo e virava a cidade, buscando suas costuras. É quando decide procurar uma cartomante para desfazer o feitiço maligno que está atrasando a sua vida por tanto tempo. A caminho de lá, já lhe começam a vir os sonhos de que a abastança voltaria à casa. Nesta história, Lima explora o poder das revelações, da ignorância e do vitimismo. É inevitável tentarmos traçar um paralelo entre “A cartomante” de Lima Barreto e o homônimo conto de Machado de Assis (1884). Contudo, em Machado um narrador observador nos revela um triângulo amoroso que se desfecha, a partir da interferência da cartomante italiana que canta uma bancarrota. Em Lima, a cartomante Madame Dadá tem sua verdadeira identidade revelada na cartada final do conto. Certamente que Lima havia lido Machado, contudo as produções só têm de igual, o próprio nome. Boa leitura!
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