“Vestida de preto” é um conto memorialista de Mário de Andrade (1893-1945) sobre o amor entre os primos, Juca e Maria, desde os cinco anos de idade. O texto aparece pela primeira vez no livro póstumo Contos Novos, de 1947, revelando um ápice de maturidade do autor modernista. Na narrativa divertida há uma mensagem profunda que pede atenção à primeira infância, ao quanto as memórias dos mil dias são importantes, o que vivemos até os cinco anos, aos nove, até a adolescência. Em alguma medida, cada vivência pode refletir no que vai definir uma pessoa para toda a vida. Interessante que nesse texto moderno, Mário não só questiona a classificação narrativa através de: "não sei bem se o que vou contar é conto ou não, sei que é verdade” como cita a si mesmo em determinado momento, na narrativa feita por Juca. Repleto de acasos da vida cotidiana, a narrativa provoca um mergulho na realidade psíquica e social do ser humano, investiga a vida interior da personagem, embasando-se na teoria psicanalítica de Freud (1856-1939), que, à sua época, o mundo respirava com frescor. Boa leitura!
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