“Elogio da Vaidade” (1878) é um conto de Machado de Assis (1839-1908) no qual o personagem é ninguém menos que um traço da personalidade humana: “A Vaidade”. Através de um ensaio em seis partes, sem papas na língua, ela se faz narradora para tecer elogios a si mesma, à medida em que traz à tona verdades um tanto desconfortáveis. Foi isso que causou alvoroço quando O Cruzeiro publicou, em 1878, num momento em que a literatura mantinha forte características do Romantismo, mas Machado já alçava voos no Realismo, como faz, claramente, nesse conto. A certa feita, a voz da Vaidade afirma que todos os homens são vaidosos e mal-intencionados e que a Modéstia, é uma espécie de “narcótico”. Assim, vai mostrando sinceramente a sua personalidade, versus a Modéstia, que fica todo o tempo de cabeça baixa, enquanto escuta a voz da Vaidade. Dessa feita, temos uma crítica social com ironia, humor ácido e até um pouco de pessimismo, enquanto Machado vai encharcando o texto com elementos Literários, Artísticos e Míticos: Páris, Tersites, Pança, Quixote, o Poeta, Píndaro, Trissotin, Medéia, Temístocles, Tartufo, Órgon, Dorina, Virginia e Locusta. Esse é o 12º episódio do Bruxo do Cosme Velho no Leitura de Ouvido. Boa leitura!
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