“O caçador de Esmeraldas” é um poema do parnasianista brasileiro Olavo Bilac (1865-1918) construída como epopeia sertanista do século XVII, época em que o bandeirante paulista ambicioso Fernão Dias Paes Leme (1608-1681) foi o comandante da célebre bandeira das esmeraldas, que a partir de 1638 desbrava os sertões dos atuais estados do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, chegando ao Uruguai. O texto proporciona uma análise político-econônimo-social profundíssima. Tratado como herói, Fernão Dias Paes Leme será visto totalmente como um vilão, inclusive, pelas opções léxicas de Bilac: chamando-o de demente, com ânsia de enriquecer, que “invade" o sertão e faz a tantos sofrer, por sete anos. O poema narra com delícia o declínio de Fernão Paes Leme, que morre agonizante de febre, nos versos, da forma como contraiu malária, no fim de seu vida. Nas estrofes emerge também a coragem dos povos originários em defender a natureza, seu espaço, põe todo o cenário contra o egoísmo e deseja: “morre, conquistador”. Olavo Bilac é tido como o principal representante do Parnasianismo brasileiro, escola literária inspirada na Escola de Paris que, desde 1866 passou a publicar as antologias Parnasse Contemporain. Boa leitura!
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