O advogado, jornalista, político, magistrado, poeta e contista Vicente de Carvalho (1866-1924) publicou Poemas e Canções em 1908, livro que detêm aquelas que ele mesmo elegeu como suas preferidas produções: “Palavras ao mar”, “Cantigas praianas”, “A ternura do mar”, “Fugindo ao cativeiro”, “Rosa, rosa de amor”, “Velho tema” e “Pequenino morto”.
"Fugindo ao Cativeiro" é o poema épico abolicionista dividido em quatro partes. Na primeira, destaca a natureza, o inverno, o mato com estrépitos e espinhos e assim, apresenta os fugitivos, centrando-se na relação de uma mãe com um filho. Na segunda parte, a criança chora de frio e de fome e a mãe afasta-se do grupo no ato desesperado de salvá-la. Na parte 3, a caravana enxerga no topo da serra as colinas azuis do Jabaquara, enchendo-se de esperança. E no desfecho, emerge do grupo um herói, o hércules negro, o fugitivo que dá esperança ao restante do grupo de cativos.
Ele viveu 58 anos e teve muitos papeis sociais: foi fazendeiro, empresário, chefe de família, advogado, jornalista, político e magistrado, como Ministro do Tribunal de Justiça, poeta e contista e, também, viria a ser tio-avô da consagrada escritora brasileira Maria Valéria Rezende (1942), premiada internacionalmente. Antes mesmo de ser alfabetizada, a menininha Valéria ouvia e decorava as poesias do tio-avô, para os saraus na casa dos familiares.
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