A profissão de DJ está incorporada ao seu nome e ela a realiza com intensa, indissociável e brilhante personalidade. Mas Zé Pedro ultrapassou, há muito, as picapes. Ele é, na realidade, um profissional híbrido e cheio de características que lustram o seu potente fazer artístico. Imenso conhecedor da música popular brasileira, colecionador raridades sonoras que lhe são oferecidas por diversos artistas, pesquisador, autor de livro e, há quase 10 anos, um empresário da cena musical contemporânea através do selo Joia Moderna. Seu abrigo sonoro contempla em relativamente pouco tempo, dezenas de álbuns. Integram o seu catálogo ícones como Fafá de Belém, Leny Andrade, Cida Moreira, Zezé Motta, Célia, Silvia Maria, Claudia, Vanusa, Amelinha, Claudia Telles, nomes incensados da nova safra como Alice Caymmi, Letrux, Marcia Castro, Zé Manoel, Cesar Lacerda, Nina Becker, Mãeana e tantos e tantos mais, sem falar nos tributos a Guilherme Arantes, Taiguara, Angela Ro Ro e Marina Lima, que reuniram um sem número de artistas. Se a chamada indústria da música, por um lado, dá sinal de baixar o giro, Zé Pedro não faz parte dessa turma. Ele é do tipo que acelera e vai sempre além. Mostra, com criatividade e paixão, como viabilizar a música neste digital Século XXI. [Em tempos de pandemia, este episódio foi gravado à distância, cada um em sua casa, com as previsíveis fragilidades técnicas. Muito mais importante que isso, sempre, é ouvir o que o DJ Zé Pedro tem a dizer, dançar com a sua trilha e ouvir os 47 discos que a Joia Moderna lançou até a junho de 2020, quando conversamos.] | Facebook e Instagram: @chiadopodcast