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Queridos amigos da Rádio da Universidade, o programa Uma Ópera por Semana de hoje apresenta a ópera Tristão e Isolda, de Richard Wagner. 

Apesar de ter sido finalizada em 1859, sua estreia viria a ocorrer somente em 10 de junho de 1865, em Munique, no Teatro da Baviera, sob direção de Hans von Bülow, e sob patrocínio e proteção do rei Ludwig II da Baviera. Marcando o triunfal retorno de Wagner, após turbulento exilio, ao que viria a ser dentro de pouco a Alemanha.

Richard Wagner assina tanto a composição musical como o libreto dessa ópera que viria a ocupar um lugar central na história da música. A obra contém inovações musicais que sondam ao limite as estruturas do sistema tonal. Além do mais, nunca antes a música tivera tamanha centralidade na dramaturgia.

A história de Tristão e Isolda remete a tempos imemoriais, datando suas primeiras versões escritas do século XII. Wagner compõe seu drama musical baseado na versão alemã de Gottfried, do século XIII.

Tratasse de uma arquetípica história de amor trágico, que viria a moldar as noções de amor no ocidente. 

Na ópera de Wagner subjaz - ao amor proibido, à busca por libertação das dores, à esperança por redenção, ao êxtase místico – a profunda e pessimista filosofia de Schopenhauer, que servira a uma vez, como calmante e tônico ao compositor, que a partir de sua ciência encontrara sentido às dores e agruras da vida.

Nesse sentido, podemos compreender o paradigmático e derradeiro canto de Isolda:

“Nas ondas da imensidão, na harmoniosa ressonância, no sopro infinito da alma universal, no grande Todo... Desvanecer-se... abismar-se... inconsciente... gozo supremo!”

Produção e Apresentação: Gabriel Saikoski e Juliano Dupont

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