Do compositor italiano Vincenzo Bellini sobre libreto de Felice Romani, estreada no teatro milanês Carcano, em seis de março de 1831.
Vincenzo Salvatore Carmelo Francesco Bellini no início do século XIX no Reino da Sicília, em Catânia. De família musical, começou a estudar piano aos três anos de idade com o pai músico, aos 5 anos já tocava muito bem, aos 6 anos compôs sua primeira música. Era uma criança prodígio. Aos dezoito, saiu de casa para estudar no Conservatório de Nápoles com um salário, escrevendo sua primeira ópera, "Adelson e Salvini", como peça de formatura aos vinte e quatro anos. Seu primeiro trabalho executado publicamente, escrito no mesmo ano, "Bianca e Gernando", foi um enorme sucesso. O resultado foi uma encomenda para escrever uma ópera para o Teatro alla Scala em Milão aos vinte e seis anos. Ele logo se mudou para a cidade para assumir o cargo. Lá permaneceu até os trinta e dois anos, produzindo obras extraordinárias uma após a outra. Aos trinta e três anos, depois de uma breve visita a Londres, mudou-se para Paris, decidindo ali ficar, produzindo sua última ópera "I Puritani" no mesmo ano. Morreu em Paris no auge de sua carreira no ano seguinte.
Recitação e ária estão em estado contínuo, nas óperas de Bellini. Nos recitativos, interjeições orquestrais são presença constante, mimetizando os movimentos ou os sentimentos dos personagens. Melodias longas nas árias, com pequenas pausas expressivas, separando breves motivos musicais de maneira que frases importantes ou palavras isoladas sejam comunicadas de modo muito direto.
Bellini declarou: a ópera tem de fazer as pessoas chorarem, ficarem horrorizadas, morrerem através do canto. A música tem de ser inteligível por sua clareza de expressão, ao mesmo tempo concisa e impactante.
Heinrich Heine, no livro Noites Florentinas, retrata Bellini assim:
Seu cabelo era penteado segundo a melancólica moda romântica; suas roupas se ajustavam languidamente a seu corpo frágil, e ele carregava sua bengala de maneira tão idílica que sempre me fazia lembrar os jovens pastores de nossas peças pastorais com cajados adornados com fitas e seus calções e jaquetas em tons pastel. E seu andar era tão virginal, tão elegíaco, tão etéreo. A criatura inteira parecia um suspiro em sapatilhas de dança.
Cosima Wagner realata que Wagner cantava frequentemente uma ária de I Puritani, tendo uma vez declarado: - Bellini escreveu melodias mais belas do que os sonhos.
A permanência de Bellini nos palcos do mundo se deve aos desejos dos cantores por suas longas e potentes melodias.
Produção e apresentação – Juliano Dupont e Gabriel Saikoski
nas operações técnicas Deivid Soares, Geferson Gomes, Luiz Fogassi e Vladimir Fontoura.
Engenheiro Luiz Sperotto,
Diretora do Centro de Telecomunicações: Cláudia Heinzelmann
Diretora da Rádio da Universidade: Alessandra Abreu
O programa Uma Ópera Por Semana é transmitido aos domingos, 15h
na Rádio da Universidade, AM 1080.
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