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As fraudes por telefone dispararam na pandemia. Segundo um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), somente em janeiro e fevereiro deste ano, houve aumento de 340% nos casos de golpes como a falsa central telefônica e o falso funcionário do banco. E esqueça DDD de outros estados para identificar uma ligação suspeita. Agora, os golpistas usam o DDD aqui do Espírito Santo mesmo, écomo explica em entrevista à CBN Vitória o delegado Guilherme Helmer, da Polícia Federal no Espírito Santo (PF-ES). Helmer tem importantes dicas para você não ser vítima destes golpes.

Segundo o delegado, existe uma orientação que precisa ser respeitada, independentemente do golpe que esteja ocorrendo: "quanto menos informação você passar pelo telefone, melhor". Ao atender um número desconhecido, o delegado instruiu que você não fale seu nome primeiro - deixa a pessoa do outro lado da linha falar, assim você já começa a impôr uma primeira barreira e evitar cair em golpe caso o golpista não tenha seu nome.

No caso dos golpes da central telefônica e do falso funcionário do banco, identifique primeiro se trata-se de uma empresa que você tem relacionamento. "Caso queira confirmar informações, jogue a bola para o outro lado. Indague os dados que ela tem, porque se você tem relacionamento com essa empresa, ela tem seus dados. Se a pessoa é de um banco em que você é cliente e começa a perguntar informações, alguma coisa está errada, porque o banco tem todos os dados".

Já quando é ligação ofertando produtos e serviços, como vendas ou empréstimos, por exemplo, evite fechar negócio na hora. Guilherme Helmer explica que, caso haja interesse, deixe a pessoa do outro lado da linha falar mas não dê nenhum dado e faça a engenharia reversa: quando a primeira ligação terminar, ligue de volta você para o número institucional da empresa que está oferecendo ou entre no site para confirmar a informação. "Se o atendente disser que a oferta é só por aquele canal, desconfie. No final, você vai saber se é de verdade ou não", explica.

Caiu num golpe por telefone? Reúna o maior número de dados e informações que conseguir - "ninguém sabe melhor do caso do que a própria vítima", aponta o delegado. Faça um resumo do episódio, guarde o número que ligou, se tiver, leve a gravação da ligação. Assim, a polícia terá um registro mais robusto para saber o que fazer. A maioria dos casos é de competência da Polícia Civil, e alguns deles são da Polícia Federal.