As trabalhadoras domésticas formam um dos grupos mais vulneráveis no país em razão da pandemia da Covid-19. Esse é um dos temas em destaque no livro "Trabalho doméstico: feminismos plurais", da doutora em Administração e professora do Departamento de Administração da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Juliana Teixeira. A publicação foi coordenada pela filósofa e escritora Djamila Ribeiro. O livro foi feito a partir de uma pesquisa bibliográfica aprofundada e de relatos de mulheres, com diferentes idades e origens, que exercem a profissão de trabalhadoras domésticas.
O objetivo foi traçar um painel histórico e social do trabalho doméstico no Brasil, destacando as origens escravocratas da condição atual da mulher trabalhadora doméstica. Além de discutir a importância da regulamentação dessa atividade, as relações entre gênero, raça e classe desse grupo, o racismo estrutural e o papel da branquitude nesta questão, seja por meio de suas ações ou dos silenciamentos que promove. A questão do trabalho doméstico ainda ter ligação com o imaginário escravocrata, com os resquícios da escravização e do colonialismo no Brasil; para fundamentar a discussão. E vamos conversar sobre a situação das trabalhadoras domésticas na pandemia. Ouça a conversa completa!