A Polícia Civil deflagrou, nesta sexta-feira (25), a operação "Abigeatus", com o objetivo de combater duas organizações criminosas que atuam no furto e abate clandestino de gado, além da venda de carne sem procedência no Espírito Santo. Entre as irregularidades, a venda irregular de carne de cavalo. Também participaram da ação o Núcleo de Operações em Transporte Aéreo (Notaer) e a equipe de fiscalização do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf-ES). Em entrevista ao CBN Cotidiano desta sexta-feira (25), Mário Louzada, diretor-presidente do Idaf, traz mais detalhes do assunto e aponta os riscos ao consumidor com o consumo desse tipo de carne.
Segundo Louzada, a importância das ações de combate a clandestinidade na produção de alimentos de origem animal se dá principalmente em duas visões: a primeira é que esses abates irregulares e produção de qualquer outro produto derivado de carne, pescado, ovo, leite e mel, sendo realizados de qualquer maneira por locais que não são registrados em serviços oficiais, ou seja, não passam por uma fiscalização sanitária, não dão garantia alguma para o consumidor a respeito de um alimento seguro que não tenha risco de ter microrganismos patogênicos (que podem causar doenças) à saúde humana.
“As ações de fiscalização realizadas pelo Idaf são importantes para coibir essas produções irregulares e afastar esses riscos do consumidor. A segunda visão é a respeito das fraudes econômicas, por exemplo, um estabelecimento registrado com fiscalização que preza por oferecer um produto seguro e de qualidade pro consumidor tem seus custos de produção e isso reflete no valor econômico do produto que ele oferece. Uma produção clandestina muitas vezes terá um valor do seu produto muito mais barato, mas sendo um risco de saúde para o consumidor. Causando também uma competição desleal com o produto que está respeitando a legislação e principalmente respeitando a saúde pública”, explica.