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Manoel Wenceslau Leite de Barros foi um poeta brasileiro do século XX, pertencente, cronologicamente à Geração de 45, mas formalmente ao pós-Modernismo brasileiro, se situando mais próximo das vanguardas europeias do início do século e da Poesia Pau-Brasil e da Antropofagia de Oswald de Andrade. Com 13 anos, ele se mudou para Campo Grande (MS), onde viveu pelo resto da sua vida. Recebeu vários prêmios literários, entre eles, dois Prêmios Jabutis e foi membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. É o mais aclamado poeta brasileiro da contemporaneidade nos meios literários. Enquanto ainda escrevia, Carlos Drummond de Andrade recusou o epíteto de maior poeta vivo do Brasil em favor de Manoel de Barros. Sua obra mais conhecida é o "Livro sobre Nada" de 1996.

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Manoel de Barros — [Eu queria]

Eu queria ser banhado por um rio como

um sítio é.

Como as árvores são.

Como as pedras são.

Eu fosse inventado de ter uma garça e outros

pássaros em minhas árvores.

Eu fosse inventado como as pedrinhas e as rãs

em minhas areias.

Eu escorresse desembestado sobre as grotas

e pelo cerrado como os rios.

Sem conhecer nem os rumos como os

andarilhos.

Livre, livre é quem não tem rumo.

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Poeta: Manoel de Barros

Voz: Jéssica Iancoski

Livro: Menino do Mato

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