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Nossa convidada deste episódio é uma jovem de 31 anos, natural de Anápolis, mas que cresceu em Jataí, Goiás. Fernanda Meira é psicóloga hospitalar e da saúde, formada pela Universidade Federal de Goiás.  Há alguns anos, trabalha no Hospital Anchieta de Brasília, que pratica o que vem sendo chamado de "UTI humanizada". Desde que a Covid-19 começou, ela tem acompanhado pacientes que precisam ir para a UTI, em momentos críticos como o medo da entubação e a volta depois de meses desacordado. "A gente nunca imaginou viver essa realidade", diz Fernanda. "Os efeitos da pandemia vão ser percebidos por muito tempo, mesmo depois que a crise passar". Ela se refere às doenças mentais, como depressão e ansiedade, em pessoas que precisaram de internamento ou mesmo naquelas que apenas ficaram em isolamento: “Poder compartilhar momentos de alegria, emoção, decepções, tristezas, sentimentos e pensamentos minimizam o estresse, medo, insegurança, e reforça comportamentos de empatia, paciência, compreensão, e atitudes otimistas, além de melhorar a sua saúde mental.”  Fernanda tem visto de tudo na UTI do Anchieta, mas o que lhe chamou a atenção recentemente foi um paciente que recebeu alta e não tinha ninguém para assinar a liberação. A filha se recusou a buscá-lo. Ouça e se emocione.