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Quando se pensa sobre a dicotomia Natureza e Cultura não podemos deixar de pensar na perspectiva mecanicista que passou a vigorar no pensamento científico a partir de René Descartes e Francis Bacon.

Concebendo a Natureza como uma máquina cujos segredos precisam ser extraídos por meio da ciência, para que sejam colocados à disposição do ser humano, Bacon e Descartes consolidaram a perspectiva utilitarista do conhecimento científico.

A supremacia dessa forma de racionalidade como estratégia de validação do conhecimento (nessa perspectiva mecanicista e utilitarista) foi uma aliada poderosa da racionalidade econômica do Capitalismo, que eclodiu nesse mesmo momento, tendo seu apogeu na sua forma industrial a partir do século XVIII.

Esse sistema de pensamento (e ações) relegou outras ontologias, outras formas de pensamento e relacionamento de humanos e não humanos a um lugar de inferioridade e subalternização.

Um sistema não somente antropocêntrico, mas totalmente "economocêntrico".

Outras ontologias e outras epistemologias nos ajudam a pensar sobre as consequências que esta perspectiva trouxe para as relações Ser Humano/Natureza.

Essas são algumas das reflexões que propõe esse episódio.

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