A expressão “o corpo fala”, mais do que ser um jargão, diz muito do que o corpo é em toda a sua complexidade. O corpo não somente fala: é fonte e origem de toda a comunicação. O corpo é a mídia mais poderosa.
Imaginemos o corpo de Jesus no recinto do templo. Aquele lugar que deveria estar puro, por ser espaço sagrado, encontra-se, na verdade, profanado. A casa de Deus transformada em mercado. A religião que já não religa nada. O corpo do Filho de Deus transita ali, em meio aos vendedores de bois, ovelhas e pombas. Observemos as mãos de Jesus, como os dedos se movem, como ele franze a testa e seus olhos miram tamanha degradação.
A firmeza do gesto subsequente é determinante para o que acontecerá com Jesus mais tarde: a morte de cruz. Os vendilhões do templo não sossegarão enquanto não tirarem de cena aquele que “fez um açoite de cordas, virou as mesas e espalhou as moedas dos cambistas” (Jo 2,15). Pôs abaixo os esquemas corruptos. Naquele dia, quando seu corpo sagrado for levantado no madeiro, exposto, humilhado pela morte mais infame, os malvados pensarão tê-lo eliminado. Só que, quando tudo parecer terminado, na verdade estará começando: “Derrubai este templo, e em três dias o reconstruirei” (Jo 2,19). Poder nenhum destrói o amor!
Eu sou FÁBIO CHRISTIANO!, e o Santo do Dia deste domingo, 7 de março, faz uma reflexão sobre o Evangelho do III Domingo da Quaresma, Jo 2, 13-25, baseado nos roteiros homiléticos da revista Vida Pastoral, escrito pela Ir. Izabel Patuzzo e Pe. Antônio Iraildo de Brito (ssp), escrevendo para Editora Paulus, adaptado para esta versão em áudio. Ouça, siga e ative as notificações para não perder nenhum episódio e compartilhe! Siga-nos também no Instagram no perfil @PodcastSantodoDia.