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Neste último domingo do ano litúrgico, solenidade de Cristo, Rei do Universo, o Evangelho apresenta a “parábola do juízo final”. Segundo ela, no julgamento final todos os povos serão reunidos e separados, à semelhança do pastor que separa suas ovelhas dos cabritos. As pessoas serão colocadas à direita ou à esquerda do Filho do Homem, dependendo da prática de cada uma. Essa parábola conclui o “discurso escatológico” de Jesus, voltado para descrever as “últimas coisas”, a parusia.

Com a passagem de hoje, aproximamo-nos do desfecho do Evangelho de Mateus. Nesse ensinamento, aprende-se que o julgamento final é resultado do que vai sendo feito, ou não, ao longo da vida. Nossa prática do dia a dia será a base da declaração de nossa sentença final.

O conteúdo do julgamento é nossa vida concreta: o que fizemos ou deixamos de fazer em favor dos necessitados. Não será perguntado a que nação pertencemos, que religião professamos, que cargos importantes ocupamos ou mesmo que práticas de piedade realizamos. O julgamento será com base na prática ou não do amor.

Esta solenidade não tem por tema central o poder de Deus, como muitos pensam. Celebrar Cristo, Rei do Universo significa, antes de tudo, a universalidade da salvação, ou seja, a boa notícia de que ela é oferecida a todos e de que Deus não faz acepção de pessoas. Celebrar a realeza de Jesus significa que a realidade por ele semeada (pequena qual semente de mostarda) vai se plenificar e dar frutos que podem ser usufruídos por todos. O objetivo de Deus sempre foi se manifestar a todos como Pai amoroso que perdoa incondicionalmente, que “faz nascer o sol sobre os bons e os maus” (Mt 5, 45) e deseja dar a todos a vida plena. No entanto, apenas quando acreditarmos realmente que seu amor incondicional deve ser revelado a todos, a cada tradição e cultura – e que os povos necessitam receber a revelação divina por meio de sua própria sensibilidade para o transcendente –, poderemos ser cristãos menos soberbos e mais humildes. Quando isso acontecer, Cristo será, de fato, soberano em nossa vida.

Eu sou FÁBIO CHRISTIANO!, e o Santo do Dia deste domingo, 22 de novembro, faz uma reflexão sobre o Evangelho da Solenidade de Cristo, Rei do Universo, Mt 25, 31-46, baseado nos roteiros homiléticos da revista Vida Pastoral, escrito pela Ir. Aíla L. Pinheiro de Andrade e Pe. Nilo Luza, ssp, adaptado para esta versão em áudio. Ouça, siga e ative as notificações para não perder nenhum episódio e compartilhe! Siga-nos também no Instagram no perfil @podcastsantododia.