Falar de santidade no mundo de hoje pode soar estranho e inadequado. Mas o que ela é? O Evangelho da solenidade de Todos os Santos e Santas nos apresenta um caminho perene de santidade: as bem-aventuranças. Elas são o programa assumido pelo próprio Mestre. Não raro as bem-aventuranças foram vistas como um convite à passividade e uma forma de acomodar os pobres e os sofredores. Longe disso, elas convidam as pessoas a superar as próprias limitações e deficiências, como o mostram claramente as ações e os gestos de Jesus. As bem-aventuranças são uma contestação de uma sociedade injusta, violenta e consumista.
Felizes (santos) são os pobres, aqueles que põem sua confiança em Deus e não se deixam manipular pelas ideologias adversas ao projeto de Jesus. Não se deixam levar pela propaganda mercadológica do consumismo. Rejeitam as idolatrias que substituem os valores do Evangelho.
A solenidade deste dia recorda que a santidade é a verdadeira vocação da humanidade e, por isso, é acessível a todas as pessoas. O caminho para alcançá-la consiste em viver o programa de vida de Jesus, expresso nas bem-aventuranças. Criado à imagem e semelhança de Deus, o ser humano é chamado a assemelhar-se a ele também na santidade. Dirigido inicialmente a um povo específico, Israel, esse chamado foi estendido a toda a humanidade por Jesus Cristo. Por isso, nesta liturgia rendemos graças a Deus pela multidão incontável de homens e mulheres, de todas as nações da terra, que já alcançaram o Reino definitivo e renovamos a esperança de também alcançarmos tal graça, não obstante as tribulações do presente. Isso nos enche de alegria e esperança, pois mostra que a santidade não é reservada a heróis ou fazedores de milagres, mas está ao alcance de todas as pessoas, pois é o destino da humanidade. Por isso, como recorda o Papa Francisco, ao falar de santos e santas, “não pensemos apenas em quantos já estão beatificados ou canonizados” (Gaudete et Exsultate, n. 6), mas vejamos a santidade já agora, no povo simples e humilde que se esforça cotidianamente para viver, com dignidade e esperança, num mundo desafiador. De fato, pelo dom de sermos filhos e filhas de Deus, podemos dizer que a santidade já está em nós.
Eu sou FÁBIO CHRISTIANO!, e o Santo do Dia deste domingo, 1º de novembro, faz uma reflexão sobre o Evangelho da Solenidade de Todos os Santos e Santas, Mt 5, 1-12a, baseado nos roteiros homiléticos da revista Vida Pastoral, escrito pelo Pe. Francisco Cornélio Freire Rodrigues e Pe. Nilo Luza, ssp, adaptado para esta versão em áudio. Ouça, siga e ative as notificações para não perder nenhum episódio e compartilhe! Siga-nos também no Instagram no perfil @podcastsantododia.