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Três vezes no Evangelho de hoje aparece a expressão “não tenhais medo”. Sinal de que, nas primeiras comunidades dos seguidores de Jesus, o medo era um problema sério. Medo de anunciar e viver o Evangelho de Jesus e assumir as consequências que isso comportava: conflitos, perseguição e morte.

Os seguidores de Jesus, no entanto, pela força do batismo e do Espírito que nos santifica, temos a missão de proclamar ao mundo todo a boa notícia de que Deus nos transformou em filhos e assim nos quer sempre, vivendo como irmãos. Testemunhar a boa notícia de Deus para o mundo significa mostrar com a própria vida que os mesmos sentimentos e atitudes de Jesus estão também em nós, proclamando o Evangelho com a vida e, ainda que menos importante, também com as palavras.

A palavra “martírio” quer dizer “testemunho”. De fato, os mártires são aqueles que venceram o medo de assumir as consequências do anúncio do Evangelho. Deram testemunho até o fim, assumindo o compromisso até a morte, como Jesus.

O tema central da liturgia de hoje é a perseguição, como consequência da fidelidade aos propósitos de Deus. Isso está muito claro na primeira leitura e no evangelho. Na primeira leitura, em forma de desabafo, Jeremias confessa o seu drama de profeta perseguido e, ao mesmo tempo, renova sua confiança no Senhor. O evangelho apresenta Jesus instruindo seus discípulos para a missão e recordando que, inevitavelmente, eles serão perseguidos; portanto, faz três exortações contra o medo. Isso torna evidente que uma das exigências da fé é a coragem. Por sinal, da relação entre a primeira leitura e o evangelho, podemos concluir que o profetismo e o discipulado de Jesus são inseparáveis, na medida em que convergem para um mesmo destino e comportam as mesmas exigências. Mais independente tematicamente, a segunda leitura contrapõe Adão a Cristo, evidenciando a vitória da vida sobre a morte e a superabundância da graça em relação ao pecado.

Eu sou FÁBIO CHRISTIANO!, e o Santo do Dia deste domingo, 21 de junho, faz uma reflexão sobre o Evangelho da Liturgia do XII Domingo do Tempo Comum, Mt 10, 26-33, baseado nos roteiros homiléticos da revista Vida Pastoral, escrito pelo Pe. Francisco Cornélio Freire Rodrigues e Pe. Paulo Bazaglia, ssp, adaptado para esta versão em áudio. Aperte o play, ouça, comente (se quiser!), siga e ative as notificações para não perder nenhum episódio e compartilhe!