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Nossa frágil inteligência não consegue captar todo o sentido e alcance do diálogo de Jesus com o Pai no Evangelho de hoje. Nossas pobres palavras não conseguem expressar toda a profundidade nele existente. Percebemos, nesse diálogo, um relacionamento carinhoso entre os dois. Ouvimos do Mestre palavras tão intensas e, ao mesmo tempo, vemo-lo dirigir-se ao Pai com simplicidade e familiaridade.

O Mestre nos diz que seu Pai revelou “estas coisas” aos pequeninos e as ocultou aos sábios e entendidos. Estes são constituídos das elites políticas, culturais e religiosas do seu tempo. Tais elites não conseguem entender a opção de Jesus e seu Pai pelos pequeninos e pelos pobres. Só quem se despe de suas atitudes arrogantes e autorreferenciais consegue acolher a mensagem do Mestre.

A seguir, o Evangelho revela a relação entre Jesus e o Pai. Este confiou seu projeto de vida ao Filho. Com suas práticas libertadoras, Jesus revela e dá a conhecer seu Pai. Tudo o que o Pai tem a nos dizer, ele o entregou ao Filho. Este, por sua vez, o revelou aos pequeninos, abertos à sua mensagem.

Jesus então passa a se dirigir aos que estão “cansados e fatigados” e os convida a aderir a ele, prometendo-lhes descanso. Preocupa-se com o povo que vive cansado sob o peso dos impostos, da falta dos mais elementares recursos e da obrigação de observar certas leis moralistas e opressoras. A proposta do Mestre é aliviar os oprimidos pelo fardo imposto por leis excludentes, que corroem a dignidade de enormes contingentes de pessoas, e pela religião legalista e moralista dos “sábios” e “entendidos”, que buscam o próprio bem-estar servindo-se dos fiéis.

No 13º domingo do Tempo Comum, a liturgia abordou a questão da acolhida dos enviados de Deus. No Evangelho, Jesus diz que “quem recebe um profeta, recebe a recompensa de profeta, e quem recebe um justo, recebe a recompensa de justo”.

Na liturgia de hoje, a mesma questão é vista de outro ângulo, com um acento maior na imagem do justo e humilde. O ponto de partida já não é a figura clássica do profeta, mas a do rei justo e humilde do relato profético de Zacarias. Essa mesma imagem servirá para pensar a vida dos cristãos, segundo o espírito e o discurso de Jesus no Evangelho. Só depois disso podemos entender o canto do salmista: “Bendirei eternamente vosso nome, ó Senhor”.

Eu sou FÁBIO CHRISTIANO!, e o Santo do Dia deste domingo, 5 de julho, faz uma reflexão sobre o Evangelho da Liturgia do XIV Domingo do Tempo Comum, Mt 11, 25-30, baseado nos roteiros homiléticos da revista Vida Pastoral, escrito pela Ir. Rita Maria Gomes e Pe. Nilo Luza, ssp, adaptado para esta versão em áudio. Aperte o play, ouça, comente (se quiser!), siga e ative as notificações para não perder nenhum episódio e compartilhe!