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Jesus tenta se refugiar em lugares desertos e afastados, mas não rejeita os que o procuram. Ao ver aquela multidão de doentes e desorientados, o Mestre se enche de compaixão e busca respostas para tal situação. Na lógica dos discípulos, a solução era despedir a multidão, para que fosse aos povoados providenciar alimento. Jesus propõe outro caminho: envolver os discípulos no problema. Estes, porém, questionam: “Só temos cinco pães e dois peixes”. A partilha desse pouco alimento foi suficiente para alimentar a imensa quantidade de pessoas e, por fim, ainda houve sobras.

Jesus, novo Moisés, após a morte de João Batista, recomeça seu itinerário no deserto – periferia mais afastada –, para concluir sua missão em Jerusalém, no confronto com o poder opressor. No deserto se constitui o novo povo de Deus, que sai das cidades para se encontrar com o Mestre, profeta por excelência. O novo maná já não cai do céu, mas brota da partilha do pouco de cada um. Lá no deserto, o povo celebra o banquete com comida farta, fruto da partilha e da solidariedade. Com seu gesto, Jesus mostra que, no centro das atenções, deve estar o povo, e não os discípulos e os apóstolos. Seguindo essa lógica, quanta coisa mudaria nas comunidades cristãs!

Nos domingos precedentes, as leituras do Evangelho versavam sobre o Reino dos céus no discurso parabólico de Jesus. Na liturgia deste domingo, a questão do Reino permanece, mas agora em gestos e imagens que revelam o Reinado de Deus. Uma das imagens mais fortes da realidade do Reino é a abundância de alimentos, por isso o Evangelho e a primeira leitura trazem a imagem de um “banquete”, e a segunda leitura assegura a união amorosa de Deus, por meio de Jesus Cristo, com aqueles a quem chamou para fazerem parte de seu Reino. Por isso tudo, o salmista pode cantar: “Vós abris a vossa mão e saciais os vossos filhos” (Sl 144).

Eu sou FÁBIO CHRISTIANO!, e o Santo do Dia deste domingo, 2 de agosto, dia dedicado às vocações sacerdotais, faz uma reflexão sobre o Evangelho da Liturgia do XVIII Domingo do Tempo Comum, Mt 14, 13-21, baseado nos roteiros homiléticos da revista Vida Pastoral, escrito pela Ir. Rita Maria Gomes e Pe. Nilo Luza, ssp, adaptado para esta versão em áudio. Aperte o play, ouça, comente (se quiser!), siga e ative as notificações para não perder nenhum episódio e compartilhe! Siga-nos também no Instagram no perfil @podcastsantododia.