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Queridos irmãos e irmãs!
O evangelho desta quarta-feira da quinta semana da páscoa é João, 15,1 a 8. É  como se fosse o começo de uma segunda parte do discurso que Jesus faz na ceia aos discípulos. E ali Ele usa uma comparação do mundo rural, do mundo da cultura dele, muito comum, muito usada na Bíblia,  Jesus não é o primeiro que faz isso, ele retoma imagens do profeta Isaías e de outros profetas, dos Salmos. Só que os Salmos dizem que Deus é a videira, Deus é Israel e Jesus diz: “Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o agricultor. E vocês são ramos em mim”,  quer dizer nós somos ramos, na árvore que é Jesus. Então, Ele diz: “permaneçam em mim e eu em vocês”. É interessante porque enquanto que os Evangelhos sinóticos, Mateus, Marcos e Lucas, insistem que a relação que nós temos com Jesus é de segmento, o evangelho de João usa mais a palavra permanecer. Quer dizer,  a gente não somente segue Jesus. A gente tem que permanecer Nele, é uma relação muito mais íntima, muito mais interior, muito mais profunda e esse permanecer em Jesus pede de nós pensar como Jesus, sentir como Jesus agir como Jesus. Isso Paulo fala na Carta aos Filipenses, “tenham em vocês os mesmos sentimentos que foram os de Jesus” e a Carta de João diz: “quem diz que me ama age como eu, quer dizer, trabalha comigo.
Então é muito importante a gente rever a vida da gente e ver se é assim mesmo, se a gente está conseguindo ser como o ramo de uma videira, de uma árvore, que é Jesus e a gente poder então dar frutos Nele. Como é que se dá frutos em Jesus? Quais são os frutos? Quais é a fecundidade que a gente vive, na amizade, nas relações uns com os outros, no trabalho da solidariedade, por exemplo, nesse tempo agora de pandemia. Então como é que a gente está vivendo esse testemunho de manifestar que nós estamos em Jesus e que através de nós Jesus, é presente no mundo. Um grande abraço a vocês Deus abençoe e até amanhã (João, 15,1 a 8). Marcelo Barros