Queridos irmãos e irmãs!
No prólogo o evangelho de João tinha dito que ninguém nunca viu Deus. E quem nos revela Deus como é, é o seu filho único, Jesus. Agora nesse discurso de Jesus, depois da ceia, que continua o evangelho de anteontem, de ontem, hoje a gente lê João 6 44 a 50, o que é que a gente descobre? É que Jesus diz a relação dele com pai, com Deus e diz a gente que Deus se manifesta no corpo dele, no rosto dele, na forma dele sim, então não é só Jesus que se parece com Deus, é Deus que quis se parecer com Jesus, quer dizer, que quis ser humano e não só com Jesus. Ele nos criou para ser Imagem e Semelhança dele. E semelhança na Bíblia significa reflexo, sombra, expressão, não é só a aparência, não é por exemplo alguém que olha um retrato meu e diz “puxa, como ele parece com o pai dele nessa idade”; Pode ser. Mas é mais do que isso, não é uma semelhança física, é um reflexo, é a gente ser expressão de Deus no mundo. Então que maravilha a palavra que o Papa Paulo VI disse ao concluir o Concílio Vaticano II: |”para encontrar Deus é preciso passar pelo irmão”. Quem não se torna suficientemente humano e não reconhece no humano, o Divino, na humanidade do outro, humanidade concreta das pessoas que estão ao meu redor, das pessoas de quem eu gosto, das pessoas as quais eu convivo, mesmo das suas fragilidades, mesmo nas suas limitações, a gente reconhecer neles e nelas o rosto de Deus para nós. Esse é o apelo de Jesus, essa é proposta dele e aí, sim, a gente reconhece Deus um no outro, você o reconhece no irmão e na irmã e a irmã e o irmão o reconhece em você. Um grande abraço, Deus abençoe e até amanhã se Deus quiser (João 6 44 a 50 ). Marcelo Barros