Queridos irmãos e irmãs!
O evangelho de hoje, quase concluindo o capítulo 16 de João, é 16, 23 a 28, é ainda daquelas últimas palavras que Jesus disse antes de sair da ceia Pascal, e ir para o Horto das Oliveiras para o Jardim onde ele será preso. Ele diz: “se pedirdes ao pai em meu nome, seja o que for, ele lhes dará. Até agora vocês nada pediram em meu nome. Peçam e receberão, para alegria de vocês seja completa”.
Que palavra linda, que palavra maravilhosa e aí alguém pode dizer, mas eu peço tanto e não sinto que sou atendido. E a questão é, o que é ser atendido? Como é que Deus me atende? Magicamente? Há um menino que na prova colocou que Paris é a capital da Inglaterra e pediu a Deus esse milagre. Deus poderia fazer com que Paris fosse capital da Inglaterra? É claro que não. Então quando Jesus disse que “se pedirdes ao pai alguma coisa em meu nome”, é lógico que se eu vou pedir a morte de alguém que eu odeio, será que eu posso pedir isso em nome de Jesus? Jesus pediria? Jesus aceitaria que eu falasse no nome dele para Deus, uma coisa que é de ódio, de violência? É claro que não. Alguma coisa que me faça mal, eu vou pedir ao pai em nome de Jesus, que me dê dinheiro para droga? Certamente Jesus não vai poder me atender, não vai aceitar que eu falo no nome dele. Então eu tenho que entender que pedir ao pai em nome de Jesus é se colocar em sintonia com o projeto de Jesus, com aquilo que Jesus quer para mim, para o mundo, para comunidade, para todos e aí sim quando eu peço pai me atende e como Jesus diz, a alegria da gente é completa. É muito importante essa sintonia, essa harmonia entre Jesus e o pai sair do mundo e volta ao pai, ele está no pai e nós estamos também no pai.
Eu tinha um amigo italiano, que já está no céu, que ele dizia que todo dia de manhã, quando ele acordava, a oração dele era assim: “eu e tu somos um, eu estou em ti e tu estás em mim”. E ele repetia isso duas, três vezes, até sentir essa comunhão profunda de Deus nele. É isso gente, é isso que Deus propõe para a gente através de Jesus hoje. Um grande abraço para vocês, Deus abençoe e até amanhã
(João 16, 23 a 28). Marcelo Barros