Queridos irmãos e irmãs!
Antes de tudo parabéns para a classe trabalhadora para todos vocês, irmãos e irmãos, que de alguma maneira constróem o mundo a partir do seu trabalho. Hoje é o dia do trabalhador, da trabalhadora, mais como classe e não só isoladamente como muitas vezes a sociedade dominante faz a gente pensar, que é o dia do trabalho para gente não trabalhar. Não é isso. É o dia em que a gente se une mais para manifestar os interesses de classe, os direitos dos Pobres e dos trabalhadores e a gente poder sensibilizar o mundo que o mundo é construído a partir do trabalho e não do dinheiro, não do capital. É muito importante a gente, como cristãos, lembrar nesse dia, o evangelho que a gente lê hoje, João 6, 52 a 59. E aí é uma discussão de Jesus com os cristãos de origem Judaica, uma discussão que ele pode ter tido na vida histórica terrestre dele, mas que também o Evangelho de João conta pensando nas pessoas das Comunidades daquele momento lá do final do século primeiro e o que Jesus diz é que comer a carne do filho do homem, beber o sangue, é incorporar a vida dele. Não é apenas receber uma hóstia, é mais do que isso e tem que ser mais do que isso, não pode ser um ato mecânico, não pode ser simplesmente o sacramentalismo. E é muito importante porque nenhuma igreja cristã em nenhum momento da história, negou a presença de Jesus, cada vez que a gente lembra memória dele e dá graças a Deus pelo pão e pelo vinho. Mas sim houve muitas controvérsias sobre como se interpretar essa presença. As próprias palavras. A Igreja Católica usa Sacramento, outras igrejas não usam esse termo. Isso não tem importância. O importante é que esse sinal da presença de Jesus no pão e no vinho, seja reconhecido em todo gesto de partilha, não seja uma coisa mágica, mecânica e que a gente diga Jesus está presente na Hóstia, como se fosse uma relíquia. Há pessoas às vezes nos movimentos espiritualistas que querem tocar na hóstia, que querem tocar na âmbula ou no Santíssimo Sacramento, no ostensório. Isso é uma piedade de tipo mecanicista. O que é importante é que aquele alimento, aquela celebração de vida, nos torne mais irmãos e irmãs e nos ajudem a, como todos os trabalhadores e trabalhadoras, transformar este mundo no mundo do jeito que Deus quer. É isso gente. Então grande abraço para vocês, feliz festa do trabalhador e da trabalhadora, da classe trabalhadora, Deus abençoe, até amanhã se Deus quiser (João 6, 52 a 59). Marcelo Barros