Terça-feira da páscoa! Querido irmão e irmãs!
No evangelho de hoje, João 20,11 a 18, conta que Maria Madalena, que foi a primeira que viu tudo vazio na madrugada do domingo, ficou do lado de fora do Jardim, chorando. É a figura de uma pessoa apaixonada, que está chorando a morte do ser amado e, de repente, o próprio Jesus se revela a ela, se mostra. E é interessante porque ela pensa que é o jardineiro e diz “se foste tu que o tiraste, dize-me onde o colocaste para eu ir lá”. E aí ele fala “Maria”. E, ao ouvir voz dele, ao ouvir a palavra de Jesus, ela o reconhece. Ela reconhece ele vivo na escuta da palavra.
Eu coordenei uma comunidade de monges em Goiás, e eu lidei muito com isso, com pessoas que você diz uma palavra de Jesus, na hora que a pessoa está com problema determinado e a pessoa diz “é bonita, é uma palavra boa”, mas você nota que a pessoa não se tocou por dentro, a palavra não não chegou a ele, não fisgou como um anzol fisga o peixe. E tem outros que quando a gente diz uma palavra de Jesus, pronto, é como se você acendesse uma luz, como se você fizesse qualquer coisa que transforma. E Maria foi assim. O “Maria” bastou. Ela caiu aos pés dele, “meu senhor, meu mestre”. E aí ele a manda com apóstola aos próprios apóstolos.
E por isso Papa Francisco colocou a festa de Santa Maria Madalena, no dia 22 de julho, como festa de apóstolo. Ela é apóstola. Apóstola dos Apóstolos e é por isso que ela representa a pessoa que ama, a mulher amada, ela é símbolo de toda a comunidade cristã do qual Jesus é o amante, é o esposo, é aquele que a gente quer uma relação de ternura e não somente uma relação de medo, ou de pedir coisas, uma relação de carinho e de vida. Um bom dia para vocês, Deus abençoe Feliz Páscoa e até amanhã. (João 20,11 a 18) Marcelo Barros