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Queridos irmãos e irmãs!

O evangelho de hoje, Mateus 11,20 a 24, é também desses textos difíceis do Evangelho de Mateus. Jesus, de certa forma, lança uma  maldição, uma crítica muito pesada às cidades do norte do Lago de genesaré, na Galileia, Corazaim, Cafarnaum, Betzaida  e essas admoestações, essas palavras proféticas de Jesus, são palavras duras, palavras que a gente quase não imagina escutar no evangelho. Nestes dias um padre, padre Edson, da Diocese de Limeira, fez uma homilia,  numa missa e no sermão,no meio da missa, ele chamou o presidente  República de bandido.  E ele advertiu as pessoas de não seguir uma política assassina. Esse padre foi muito criticado nas redes sociais e recebeu uma advertência do bispo. Em consequência disso, mais de 200 padres de todo Brasil, grupos de pastorais sociais e gente de fora da igreja, se congratularam com ele, escreveram cartas de manifestação de apoio, quer dizer, a gente tem que saber quando é hora e ocasião de que a nossa profecia seja também uma denúncia, seja também uma palavra forte de condenação e de admoestação. E Jesus fez justamente isso com essas cidades do Lago, não para condená-las,  não para acabar com elas, mas para advertir as pessoas que escutam, ainda tem tempo de conversão, ainda é possível mudar, nós todos na nossa vida, seja em que idade for, seja em que momento da vida a gente estiver, eu sempre posso mudar. Essa certeza, essa convicção, de que nada na vida é para sempre, o Guimarães Rosa, o grande literato brasileiro, no seu livro, obra-prima de literatura mundial, Grande Sertão Veredas, há um momento onde Riobaldo diz “o que é bonito nas pessoas seu moço, é que elas nunca são acabadas”. A gente nunca é acabada. a gente sempre pode se transformar. Vamos nesse caminho gente, um grande abraço para vocês, Deus abençoe, vamos nos transformando uns aos outros e juntos e até amanhã se Deus quiser
(Mateus 11,20 a 24). _*Marcelo Barros*_