Jerusha Chang, discipula assistente do Mestre Liu Pai Lin durante 23 anos.
Sucedeu o Mestre na presidência da Associação Tai Chi Pai Lin, dando continuidade a sua obra no Brasil.
Ministra cursos de Formação Tai Chi Pai Lin no Espaço Luz desde o ano 2000, formando centenas de instrutores que ajudam a manter acesa a chama do legado do Mestre LiuPaiLin. Associação Taichi Pailin
Espaço Luz
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. Livro de Vida do Tao de Lao Zi. 1• poema: o vislumbre do mistério maravilhoso. O Tao
descrito
como o Tao
não é o
verdadeiro Tao
O inominável
nenhum nome
pode nomear
Vazio
início
do céu e da
Terra.
Existência
a mãe
da infinidade
de seres
A permanência no
vazio
leva
ao vislumbre da maravilha
A permanência
na existência
leva
ao vislumbre
do centro
Na dualidade
a mesma raiz
uma origem com dois
nomes
Mistério do
vazio
e da existência
Mistério do
Mistério
Porta que leva
à origem
do mistério
maravilhoso. Poema primeiro do livro Tao Te Ching de Lao Zi: O vislumbre do mistério maravilhoso
Interpretação taoista do Mestre Liu Pai Lin , traduzido por Jerusha Chang.
Extraído do Caderno 1 Saude Longevidade, material didático do Espaço Luz Escola de Artes Taoistas Ltda.
Se (Hermógenes)
Se, ao final desta existência,
Alguma ansiedade me restar
E conseguir me perturbar;
Se eu me debater aflito
No conflito, na discórdia…Se ainda ocultar verdades
Para ocultar-me,
Para ofuscar-me com fantasias por mim criadas…Se restar abatimento e revolta
Pelo que não consegui
Possuir, fazer, dizer e mesmo ser…Se eu retiver um pouco mais
Do pouco que é necessário
E persistir indiferente ao grande pranto do mundo…
Se algum ressentimento,Algum ferimento
Impedir-me do imenso alívio
Que é o irrestritamente perdoar,E, mais ainda,
Se ainda não souber sinceramente orar
Por quem me agrediu e injustiçou…
Se continuar a mediocremente
Denunciar o cisco no olho do outro
Sem conseguir vencer a treva e a trave
Em meu próprio…
Se seguir protestando
Reclamando, contestando,
Exigindo que o mundo mude
Sem qualquer esforço para mudar eu…
Se, indigente da incondicional alegria interior,
Em queixas, ais e lamúrias,
Persistir e buscar consolo, conforto, simpatia
Para a minha ainda imperiosa angústia…
Se, ainda incapaz
para a beatitude das almas santas,
precisar dos prazeres medíocres que o mundo vende…
Se insistir ainda que o mundo silencie
Para que possa embeber-me de silêncio,
Sem saber realizá-lo em mim…
Se minha fortaleza e segurança
São ainda construídas com os materiais
Grosseiros e frágeis
Que o mundo empresta,
E eu neles ainda acredito…
Se, imprudente e cegamente,
Continuar desejando
Adquirir,
Multiplicar,
E reter
Valores, coisas, pessoas, posições, ideologias,
Na ânsia de ser feliz…
Se, ainda presa do grande embuste,
Insistir e persistir iludido
Com a importância que me dou…
Se, ao fim de meus dias,
Continuar
Sem escutar, sem entender, sem atender,
Sem realizar o Cristo, que,
Dentro de mim,
Eu Sou,
Terei me perdido na multidão abortada
Dos perdulários dos divinos talentos, Os talentos que a Vida
A todos confia,
E serei um fraco a mais,
Um traidor da própria vida,
Da Vida que investe em mim,
Que de mim espera
E que se vê frustrada
Diante de meu fim.
Se tudo isto acontecer
Terei parasitado a Vida
E inutilmente ocupado
O tempo
E o espaço
De Deus.
Terei meramente sido vencido
Pelo fim,
Sem ter atingido a Meta.