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Certamente você já ouviu a frase “pessoas desistem de pessoas e não de empresas”. Diversas pesquisas, no Brasil e no exterior, confirmam essa tese. Por aqui, 8 em cada 10 pedem demissão por causa do chefe, segundo uma pesquisa realizada em 2019. Um outro levantamento realizado no mesmo ano pela consultoria DDI World, com escritório em São Paulo, entre outros locais do mundo, apontou que 57% desistiram da organização na qual trabalhavam por causa da liderança imediata e 14% abandonaram várias empresas diferentes por causa do chefe.  Mais e mais as organizações têm prestado atenção às chamadas soft skills, aquelas competências que, embora importantíssimas, são mais sutis, porque dizem respeito à interação com outras pessoas. Colocar na balança competências como empatia, capacidade de atuar de forma colaborativa e inteligência emocional tem sido uma prática cada vez mais recorrente nas organizações na hora de decidir quem vai ser promovido ou contratado para um cargo gerencial. Justamente porque a falta dessas habilidades em um líder pode fazer a empresa perder muitos talentos.   Os índices de engajamento, já está provado, impactam diretamente a produtividade e o crescimento das organizações, mas suas médias históricas – sem desconsiderar honrosas exceções – são insuficientes para o tipo de resultado sustentável a que elas aspiram.    As transformações intensas e as incertezas de nossa Era, bem como os caóticos ambientes urbanos em que a maioria de nós precisa viver e trabalhar, certamente não contribuem para facilitar essa missão quase impossível, mas tenho insistido que o caminho para melhorar substancialmente esses indicadores passa por algo que está, sim, ao nosso alcance: a humanização das práticas de Liderança. Mas o que quero dizer com Liderança Humanizada?    Afastemos, antes de prosseguir, a ideia estereotipada de “chefe bonzinho” que está muito longe de representar o que desejo transmitir.   Essa é, por sinal, uma ideia facilmente implementável com a ajuda de um bom teste de perfil psicológico e igualmente fácil de provar-se ineficaz.    Em vez disso, o que chamo de Liderança Humanizada se refere ao desenvolvimento de cinco atributos estruturais: